No Manual da Legião de Maria, às páginas 13-17, encontramos cinco características fundamentais do serviço legionário:
o legionário deve “revestir-se da armadura de Deus” (Ef 6,11); deve ser “uma hóstia viva, santa, agradável a Deus..., não conformado com este século” (Rm 12,1-2); não deve furtar-se ao “trabalho e à fadiga” (2Cor 11,27); deve “andar no amor, como também Cristo nos amou e se entregou a si mesmo por nós” (Ef 5,2); e deve “acabar a sua carreira” (2 Tm 4,7).
O legionário necessita, então, se revestir constantemente das virtudes cristãs, que são a armadura de Deus para os seus filhos: prudência, justiça, fortaleza, temperança, fé, esperança e caridade. Do exercício diário dessas virtudes, brotará um desejo ardente de servir a Deus à semelhança de Jesus, que se entregou totalmente à vontade do Pai e ensinou a todos a não se conformarem com as coisas erradas do mundo. A prática das virtudes cristãs fortalecem os legionários em seu apostolado, sobretudo nos momentos em que encontram resistências em relação ao anúncio da Boa Nova de Jesus. Essas virtudes, praticadas com zelo amoroso, preparam os legionários para sempre viverem na constância, na paciência e na perseverança.
O amor, o maior de todos os dons, é a lição cotidiana a ser aprendida pelo legionário. Aqui está o segredo do êxito do apostolado legionário, diz o Manual: “O segredo do bom êxito junto do próximo está em estabelecer com ele um contato pessoal, contato de amor e de simpatia”(p. 15). Amar não é fácil, pois o amor cristão tem como seu modelo o amor de Jesus: total entrega. Assim, a raiz de todo o trabalho legionário, para que seja verdadeiramente fecundo, deve ter o firme propósito de uma doação total de si. Agindo desse modo, o legionário viverá seu apostolado com intenso ardor: fé firme, amor comprometido, disciplina contínua, ânimo renovado e humildade sincera.
Vivendo plenamente o seu apostolado, o legionário, cumprindo suas promessas batismais, também poderá ser servo como Jesus foi servo: “Esquecido de si mesmo: permanecendo junto da cruz dos seus irmãos e não abandonando o seu peso, senão quando tudo estiver consumado” (p. 17).
Cúria Mãe da Divina Misericórdia