Já há muitos anos, o mês de
setembro, na Igreja Católica no Brasil, é
dedicado à celebração e reflexão sobre a
Palavra de Deus. Mas você sabe como tudo
isso começou?
Trata-se de uma iniciativa específica da Igreja Católica no Brasil, iniciada em 1947 com a 1ª Semana Bíblica Nacional. A partir deste evento, começou-se a celebrar o Dia Nacional da Bíblia sempre no último domingo do mês de setembro. Mas por
que o mês de setembro? Porque dia 30 de setembro se celebra a memória de São
Jerônimo, que na tradição cristã foi um grande conhecedor da Bíblia, exegeta e
tradutor. Ele é considerado o padroeiro daqueles que se dedicam ao estudo das
Sagradas Escrituras.
Após ser instituído o mês da Bíblia, passou-se a celebrar também o mês da Bíblia, por iniciativa da Arquidiocese de Belo Horizonte (MG). Esta iniciativa se expandiu por todo o Regional Leste 2. Em 1976 o mês da Bíblia alcançou todo o território brasileiro por iniciativa da CNBB. Inicialmente a reflexão girava em torno de um tema, depois se principiou a reflexão de um livro bíblico.
O livro de estudo escolhido para este ano é o Deuteronômio. Este livro é muito importante, pois, apesar de ser um livro do Antigo Testamento, nos ensina a colocar no centro da vida pessoal, familiar e da Igreja a Lei de Deus. Esta Lei, que é superior em tudo às leis humanas, nos demonstra a importância da vivência dos Mandamentos de Deus para podermos viver a vida crista de modo a tornarmos fecundos em fidelidade e santidade.
O lema escolhido este ano: “Abre a tua mão ao teu irmão” (Dt 15,11), nos remete, iluminados pela leitura católica deste livro, à necessidade da compaixão para com próximo. O próximo, no Antigo Testamente, aparece na figura do estrangeiro, do órfão e da viúva, que encarnam os necessitados e empobrecidos daquela época.
Que a leitura e a meditação deste Livro Sagrado nos abra o coração para podermos “ver, sentir compaixão e cuidar” dos novos pobres e marginalizados da nossa sociedade.
Pe. Max Celestino Sales de Almeida
Pároco
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